segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ruínas


a crise como demanda para o posicionamento crítico no corpo que simultaneamente se tem e se é necessariamente postula um lidar com ruínas: trabalhar com o que desmoronou, com o que não é mais o que outrora foi construído, com o que resta, com o que de algum modo sempre ali esteve, mas só pode ser percebido como devir em um corpo que transitoriamente encontra meios de estar disponível.
a beleza - como todo o resto - é nuvem que não pode ser deliberada, desejada, controlada; a beleza só seria genuína na dança quando emergente de uma honesta relação com os parâmetros de cada campo de ação.
beleza é construção de elegância nos tropeços inerentes ao percorrer de um labirinto de ruínas.

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